Diante de tantos estímulos e o excesso de informações em constante aceleração, não é de se estranhar que a ansiedade tenha aumentado na sociedade como um todo. Mas diferente do que algumas pessoas pensam, esse não é um problema exclusivo dos adultos. As crianças, infelizmente, também sofrem desse mal.
De acordo com a revista Saúde: “Cerca de 10% dos pequenos sofrem de algum transtorno ansioso, e cinco em cada dez passarão por algum episódio depressivo por causa dela. É necessário estar atento, também, à ansiedade que não chega a ser um transtorno, mas que traz sofrimentos e prejuízos cotidianos, como diminuição da autoestima”.
Vale lembrar que a ansiedade por si só não é boa ou ruim. Ela é natural aos seres humanos, porém representa anormalidade quando surge em taxas muito baixas ou muito altas. Uma criança que não apresenta nenhuma ansiedade, como para realizar uma prova ou apresentar um trabalho por exemplo, pode facilmente tornar-se desmotivada. Porém, o mais comum é ouvir falar em ansiedade excessiva, capaz de bloquear as pessoas até mesmo em ações simples do cotidiano.
Existem múltiplos fatores que podem estar na origem das perturbações de ansiedade em crianças e adolescentes, que envolvem uma complexa relação entre fatores biológicos, ambientais e individuais. Os fatores genéticos e o temperamento são fatores de predisposição que aumentam a vulnerabilidade. O papel dos fatores ambientais assenta nos fatores familiares, nas experiências de vida e aprendizagens, bem como em fatores cognitivos.
As consequências podem ser desastrosas quando não se intervém, como:
- Isolamento;
- Baixa autoestima;
- Depressão;
- Fobia escolar;
- Eximir-se de situações novas;
- Deixar de concluir tarefas importantes;
- Inadequação social;
- Dificuldades no aprendizado…
Uma criança com ansiedade pode e deve ser tratada por um profissional da área de saúde mental. Um terapeuta, por exemplo, identificará os sintomas, diagnosticará o transtorno de ansiedade específico, e criará um plano para ajudar a criança a lidar com a ansiedade.
Nosso papel como educador é conversar, entender e ajudar dentro do contexto escolar para que a criança se sinta capaz de realizar pequenas tarefas, melhorando a autoestima e se sentindo parte de um todo.
3 comments
Gostei bastante do seu tema comentado, não so e um assunto bastante atual como um que pode ajudar pessoas que estão passando por essa problema, parabéns professora Katia. ????
eu quando jovem comecei a ter transtornos de ansiedade e me víciei na bebida por fim já não conseguia mais parar de beber e isso me prejudicou muito.