Era 1982 e estava recém me mudando para Ribeirão Preto, no interior do Estado de São Paulo, Brasil. Na nova Cidade, procurei uma escola para matricular meu filho para cursar o ciclo infantil. Escolhi a que era considerada uma das melhores instituições educacionais da Cidade, mas não demorou para eu notar sua insatisfação com a escola. Ele simplesmente não se adaptou e não se sentia bem naquele lugar.
Certo dia, vi uma criança com uniforme diferente. Era uma calça marrom e uma camiseta bege, que me deixaram curiosa para saber de que escola era aquele uniforme. Perguntei ao pequeno que escola ele estudava, na esperança de que a resposta dele me mostrasse uma solução para o meu insatisfeito filho. A resposta foi: Escola Adventista!
Senti vontade de conhecê-la. Quando cheguei fui recebida pelo diretor Agenor Mesquita, que me apresentou os projetos Pedagógico e Espiritual. Fiquei maravilhada! A escola tinha uma estrutura mais simples que a outra que meu filho estudava, porém, o ensino e o atendimento eram perfeitos. Sai daquela visita com o meu filho matriculado.
Desde então, todos os meus filhos e netos estudaram na mesma escola, que eu aprendi a respeitar e me tornei fã. Com o passar dos anos percebi, cada vez mais, o comprometimento dos professores e funcionários em oferecer a melhor educação possível para os estudantes. Foi através desse exemplo que inclusive nós conhecemos a Igreja Adventista, da qual sou membro.
Em 1993, uma das professoras foi afastada e fui convidada para trabalhar com a sala do 1º ano. Fiquei feliz com o convite, mas um pouco temerosa. Era muita responsabilidade oferecer aos meus alunos aquilo que aquela unidade educacional ofereceu à minha família. A coordenadora na época apenas me disse: “Não tenha medo. Trate os seus filhos com o mesmo carinho e dedicação de uma mãe”.
Alguns anos depois, fui ao médico e recebi o triste diagnóstico que estava com câncer de mama. Fiquei entristecida e assustada pois o tratamento era difícil e muito longo. Nesse momento, tive mais uma vez o apoio dos amigos, funcionários, professores e alunos do Colégio Adventista. Quanto carinho! Eles estavam presentes em visitas, cartinhas, homenagens e mesmo me acompanhavam durante o tratamento.
Enquanto eu estava trabalhando o meu tratamento era bem-sucedido, mas quando eu parava de trabalhar os bons resultados não eram os mesmos. Meu médico sempre me diz: “Seu trabalho é o seu tratamento”. Quando faço as consultas logo me pergunta: “Você ainda está trabalhando? Não pare.” Superei esse período crítico, com ajuda de todos.
Tenho certeza que o ambiente escolar fez a diferença na vida da minha família e na minha própria vida. Eu vi como essas ações inesperadas e desinteressadas tocaram fundo no meu coração e afetaram na minha recuperação. Como professora da Instituição Adventista passei a adotar o nome: “Tania professora da Escola Adventista”. Isso porque já não consigo mais separar a minha vida da Educação Adventista.
Agradeço diariamente a Deus por ter me apresentado e permitido fazer parte dessa família. Uma Instituição que fez e faz a diferença em minha vida.
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Tania Paschalim
Concluiu a estudo no Instituto de Educação Dr. Américo Brasiliense em Santo André, São Paulo. Concluiu cursos de especialização em Matemática para o Ensino no Fundamental 1. Leciona no Colégio Adventista de Ribeirão Preto, Brasil, há 25 anos.
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