Desenvolvendo hábitos de estudo

Veja algumas estratégias podem ser utilizadas para estabelecer uma rotina agradável e eficaz de estudos.

South American January 8, 2020

É de fundamental importância o professor desenvolver em seus alunos uma rotina de estudos durante o ensino. Passar horas concentrado nos dias de hoje, não é uma tarefa fácil. Tempo gasto em celulares e vídeos tornaram nossos alunos pessoas extremamente imediatistas. Podemos comprovar essa realidade, por exemplo, observando o grande sucesso de séries onde os episódios são bem mais curtos em comparação com os filmes ou novelas.

Quando precisamos competir a atenção dos estudantes com esses aspectos citados, percebemos algo bastante injusto. Especialmente se tentarmos apresentar nossa disciplina nos moldes em que eles serão cobrados. Geralmente fica evidente a monotonia entediante deles. Assim, é importante buscar metodologias e procedimentos que permitam o desenvolvimento do interesse, mesmo que não tenhamos os melhores recursos para isso.

Veja algumas estratégias que podem ser utilizadas para estabelecer uma rotina agradável e eficaz de estudos:

  • Nossos alunos têm o mau hábito de dormir no contra turno das aulas. Isso é péssimo para seu desenvolvimento físico e intelectual. Assim, o primeiro desafio é convencê-los de que não podem agir dessa forma. Esse hábito torna-se danoso e deve ser combatido incentivando que o conteúdo visto no turno de aula seja estudado no mesmo dia. Uma boa maneira de conscientizá-los disso é o estudo dirigido do livro Aprendendo a Inteligência, de Pierluigi Piazzi, um manual prático de bons hábitos de estudo.
  • Somado a isso, ao finalizar cada conteúdo, o professor deve solicitar ao aluno um mapa mental referente ao módulo estudado. Esse material deve ser confeccionado seguindo alguns critérios exigidos pelo professor. Deve ser colorido, com uma letra muito legível, adequadamente formatado numa folha especial (A4, almaço quadriculado, A3, e nunca numa simples folha de caderno), ilustrado, com conteúdo objetivo e claro. Isso cria uma facilidade de memorização e, consequentemente, exige que o conteúdo seja estudado.
  • Como um último tópico, vale o jargão “só se aprende fazendo”. Não é raro alunos dizerem que para o professor é fácil saber determinada matéria uma vez que ele é especialista naquela disciplina. Na realidade, essa afirmativa tem um fundo de razão, uma vez que o professor realmente tem um contato constante com os assuntos por ele ministrado. Então segue uma grande e simples dica de estudo: tenha contato constante com a matéria e exercite-a. Estimule-os a fazer MUITOS EXERCÍCIOS, introduza-os de uma forma gradual, de tal maneira que o aluno seja incentivado pelo próprio sucesso em realizar tarefas desde as mais simples até, com o passar do tempo, se ver encarando desafios bem maiores. Sempre que possível disponibilize a resolução dos exercícios propostos, de tal forma que o aluno possa, por ele mesmo, avaliar sua progressão de desempenho.

Por fim, é muito ousado propor uma receita cartesiana para que o aluno desenvolva o gosto e o hábito de estudo. Além do fato de que, infelizmente, nem todas as famílias se preocupam com essa questão. Todavia, isso não impede que tracemos estratégias para que essa missão seja eficiente e inclusive prazerosa.

Author

Roberta Siqueira Soldaini de Oliveira

Formada em Química pela Universidade Federal Fluminense, com especialização em gestão escolar e mestranda em Química Computacional no Instituto Militar de Engenharia. Atua como professora há 20 anos, sendo os últimos 10 na Educação Adventista. Atualmente trabalha como professora do Ensino Médio no Colégio Adventista da Tijuca, Rio de Janeiro, Brasil.

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