Depressão na adolescência

Uma vez que compreendemos que todos estamos suscetíveis a tais sintomas devemos ter em mente que nossos alunos, que estão passando pela adolescência, estão ainda mais suscetíveis a depressão.

Best Practices September 9, 2020

A depressão, apesar de ser um adoecimento bastante discutido e estudado, é um fenômeno ascendente da sociedade contemporânea, principalmente entre os adolescentes.

Isso porque durante a adolescência o ser humano passa por inúmeras transformações hormonais e físicas. Do ponto de vista da saúde mental, esta fase da vida representa um momento em que podem se manifestar diversos transtornos, tornando-se assim importante a identificação para um desenvolvimento adequado, favorecendo a formação de um indivíduo mentalmente saudável.

De acordo com Ribeiro, Nascimento e Coutinho (2010), todos os indivíduos são suscetíveis a experimentar emoções desagradáveis e momentos de inquietação favorecendo a presença de flutuações de humor e mudanças expressivas de conduta. Alguns podem desenvolver quadros depressivos transitórios, com sentimentos de descontentamento, solidão, incompreensão e atitudes de rebeldia.

Uma vez que compreendemos que todos estamos suscetíveis a tais sintomas devemos ter em mente que nossos alunos, que estão passando pela adolescência, estão ainda mais suscetíveis a depressão.

Antes considerada como um efeito secundário de outras enfermidades, atualmente, a depressão postula uma autonomia diante dessas. Ela acarreta danos graves à vida do adolescente e que não necessariamente precisa estar atrelada a uma comorbidade prognóstica para ser considerada prejudicial. Além disso, foi verificado que a depressão apresenta uma relação muito próxima com o suicídio, temática tão delicada nessa faixa etária, tendo em vista que se refere a uma das principais causas de morte nesse período.

É comum encontramos no Ensino Médio, adolescentes que estão desanimados, que se sentem extremamente pressionados pela escola, pela família e pela sociedade. Nessa fase da vida eles precisam definir qual curso devem fazer, pra qual instituição de Ensino Superior devem prestar o vestibular, temíveis provas e avalições, pois todos querem que ele sempre alcance a nota máxima. Juntando esses fatores aos fatores familiares e de relacionamentos pessoais encontramos uma mente completamente suscetível ao mal do século, a depressão.

Nosso papel enquanto educadores não se limita, ou não deveria se limitar, a apenas preparar esses alunos do ponto de vista acadêmico. Mesmo porque se nos preocuparmos com o cognitivo desses indivíduos, nos preocuparemos também com a saúde mental deles, pois essa é imprescindível para uma boa aprendizagem.

De acordo com Fonseca (2001) os jovens que sofrem de depressão e ansiedade moderada ou severa podem enfrentar uma diminuição do seu desempenho escolar. À medida que os sintomas de depressão aumentam a capacidade de concentração do estudante e a energia física e mental diminuem, assim diminuindo a motivação. As alterações do sono, a baixa autoestima e autoavaliação negativa que normalmente acompanham a depressão também prejudicam o desempenho acadêmico.

Precisamos estar atentos a qualquer sinal dado por eles, afinal não somos meros agentes da educação, somos agentes de Deus, nosso dever vai muito além do ensino.

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