Encontrar notícias sobre o abuso sexual infantil não é algo raro. Infelizmente muitas crianças e adolescentes são vítimas deste tipo de violência. O que está acontecendo? Por que tamanha violência contra seres tão indefesos e inocentes?
A resposta é bem simples: o ser humano tem se afastado dos princípios básicos de convivência e do amor de Deus em seu coração.
“A perversidade e crueldade dos homens alcançarão tal atitude que Deus Se revelará em Sua majestade. Muito em breve a impiedade do mundo terá atingido seu limite e, como nos dias de Noé, Deus derramará os Seus juízos.” (Ellen White, Eventos Finais, página 23)
A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica a violência contra a criança em quatro tipos: abuso físico, sexual, emocional ou psicológico e negligência. Isso pode resultar em danos físicos, psicológicos, além de prejuízo ao crescimento, desenvolvimento e maturação dos pequenos.
As crianças que sofrem esses tipos de agressões, tem medo de falar, porque no fundo da sua essência sabem que é uma atitude errada. Mesmo sendo vítimas, muitas vezes se sentem envergonhadas ou sujas com a forma pela qual são sujeitadas. Em alguns casos, se calam para sempre, ou em outros esperam anos até que sua memória resgate o ocorrido para admitir e tentar lidar com o abuso que sofreu.
Assim, é de vital importância que os pais estejam atentos e mantenham uma comunicação aberta com seus filhos. Essa responsabilidade também deve ser compartilhada no ambiente escolar. A criança precisa se sentir confortável e segura para conseguir relatar o que ocorreu.
A geração dos nativos digitais tem o mundo virtual ao alcance da palma de suas mãos, assim é importante estar atento ao grande volume de informações e contatos que essas crianças possuem. Muitos adultos mal-intencionados justamente aproveitam este ambiente oculto para escolher suas vítimas e cometer seus crimes.
Veja algumas ações que podem ser adotadas quando é descoberto um caso de violência sexual que tem como vítima uma criança ou adolescente:
- Não critique nem duvide de que ela/ele não esteja faltando a verdade;
- Incentive a criança e/ou o adolescente a falar sobre o ocorrido, mas não o obrigue;
- Fale sempre em um ambiente isolado para que a conversa não sofra interrupções nem seja constrangedora;
- Evite tratar do assunto com aqueles que não poderão ajudar;
- Denuncie e procure ajuda de um profissional;
- Converse de um jeito simples e claro para que a criança e/ou o adolescente entendam o que você está querendo dizer;
- Não os trate com piedade e sim com compreensão;
- Nunca desconsidere os sentimentos da criança e/ou do adolescente;
- Reconheça que se trata de uma situação difícil e;
- Esclareça à criança e/ou adolescente que a culpa não é dela/dele.
(Fonte: Fórum Catarinense Pelo Fim da Violência e da Exploração Sexual Infanto-juvenil)
É preciso quebrar o silêncio e o preconceito para ajudar os que se sentiram abusados por alguém. Não existe uma receita pronta e única para quem vivencia uma situação como esta. No entanto, com esperança, conforto espiritual, atendimento e acompanhamento psicológico esse trauma pode ser superado.
“Os justos clamam, o Senhor os ouve e os livra de todas as suas tribulações.” (Salmo 34:17)